Vania Abreu
Vander Lee
James Blunt
Eric Clapton
27/02/2006
25/02/2006
Poema em Linha Reta
Em breve farei uma descrição dos acontecimentos dos últimos meses. Mas ainda não é a hora. Enquanto o momento não chega vai um recado:
Álvaro de Campos
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Álvaro de Campos
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
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20/02/2006
17/02/2006
Tortura
Admiro o U2 e nem tanto os Stones...mas como fazer pra fugir da tortura imposta pela mídia nos últimos e próximos dias? Solução minha: Tv desligada ( inclusive da tomada) até a próxima semana....
14/02/2006
Então a vida está assim:
Trabalhando ( pouco ainda)
Estudando (muito)
Preocupado ( bastante - com amigos doentes)
Esperando ( que algo melhor aconteça)
Estudando (muito)
Preocupado ( bastante - com amigos doentes)
Esperando ( que algo melhor aconteça)
12/02/2006
Paulo, pode mandar um e1/2 para prof.ivo@inteligweb.com.br.....ou pro cel 41 9632 1037....
tô aqui tentando mandar um e mail pra ti....o site do Uni tá fora do ar....mas vou mandar por outro mesmo...
tô aqui tentando mandar um e mail pra ti....o site do Uni tá fora do ar....mas vou mandar por outro mesmo...
08/02/2006
Comentário do dia
Observando a imbecil revolta dos muçulmanos por causa das caricaturas dinamarquesas (que eu ainda não vi) só chego a uma conclusão: definitivamente os islâmicos estão lutando pela liberdade de opressão. Eita povinho pra gostar de briga.
07/02/2006
blog engraçado
O blog post secret é engraçadíssimo. Vale a pena acessar. Clique no link: http://www.postsecret.blogspot.com/
Comentário do dia
Para provar que o povo não aprende mesmo, estamos vendo o país frente a uma discussão totalmente inócua: Serra ou Alckmin? A discussão é levada mais ou menos asim: Qual dos dois será a solução para o Brasil?
O povo ainda não percebeu que são farinha do mesmo saco? Depois de tantas eleições cujos resultados causaram frustração, será que ainda não perceberam que é inútil votar em raposas. Alckmin e Serra são macacos velhos....o primeiro de família tradicionalmente política, o segundo "um sem sal" cuja incoerência transparece no seu semblante ( puxa essa frase impactou....)
E diante dessa discussão apagam-se nomes que sempre mostraram caráter e coerência: Cadê o Gabeira? Por que os petistas stalinistas não suportam a idéia de canditar a presidência o Eduardo Suplicy? E por que não Luiza Helena...Denise Frossard, e outros e outras mais.
O FHC disse que o Lula é ingênuo. Mas ingênuo mesmo é o povo que fica cainda o tempo todo nas lábias do marketing político e eleitoreiro.
O povo ainda não percebeu que são farinha do mesmo saco? Depois de tantas eleições cujos resultados causaram frustração, será que ainda não perceberam que é inútil votar em raposas. Alckmin e Serra são macacos velhos....o primeiro de família tradicionalmente política, o segundo "um sem sal" cuja incoerência transparece no seu semblante ( puxa essa frase impactou....)
E diante dessa discussão apagam-se nomes que sempre mostraram caráter e coerência: Cadê o Gabeira? Por que os petistas stalinistas não suportam a idéia de canditar a presidência o Eduardo Suplicy? E por que não Luiza Helena...Denise Frossard, e outros e outras mais.
O FHC disse que o Lula é ingênuo. Mas ingênuo mesmo é o povo que fica cainda o tempo todo nas lábias do marketing político e eleitoreiro.
06/02/2006
Como num mergulho para o desconhecido, ouve o som gelado do vento invisível. Seguindo o mergulho estão os pedaços de tudo o que desmorona. Não há mais pedra sobre pedra.
Só há o que está na frente. E está escuro. Noite, breu.
Os estilhaços das ruínas soam como uma ameaça. Nada será reconstruído. Tudo se desfaz.
Não há linha que oriente o trajeto. Não há luz que aponte o caminho. O túnel está escuro. Não se sabe onde está o fim.
Não há perguntas para responder. Não há dúvidas para sanar. Não há problemas para solucionar.
Tudo está imerso num imenso vazio. Sem perguntas e sem respostas.
Vazio.
Secura.
Choque.
Espanto? Um pouco.
Surpresa? Talvez.
Nada admira. Nada espera.
Paralisado tenta perceber algo novo. Só o velho permanece. E domina.
Não há espaço para o novo.
Nada acontece.
Só há o que está na frente. E está escuro. Noite, breu.
Os estilhaços das ruínas soam como uma ameaça. Nada será reconstruído. Tudo se desfaz.
Não há linha que oriente o trajeto. Não há luz que aponte o caminho. O túnel está escuro. Não se sabe onde está o fim.
Não há perguntas para responder. Não há dúvidas para sanar. Não há problemas para solucionar.
Tudo está imerso num imenso vazio. Sem perguntas e sem respostas.
Vazio.
Secura.
Choque.
Espanto? Um pouco.
Surpresa? Talvez.
Nada admira. Nada espera.
Paralisado tenta perceber algo novo. Só o velho permanece. E domina.
Não há espaço para o novo.
Nada acontece.
04/02/2006
03/02/2006
NA MEDIDA DO IMPOSSÍVEL
Queria arrombar com versos pesados
as portas do Paraíso.
Escritos com o sangue dos expulsos
e a revolta das gerações infindas.
Queria voltar ao que nos pertence
com um poema
na medida
do impossível.
(Fabio Rocha)
as portas do Paraíso.
Escritos com o sangue dos expulsos
e a revolta das gerações infindas.
Queria voltar ao que nos pertence
com um poema
na medida
do impossível.
(Fabio Rocha)
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