Então: Um VIVA aos urubus humanóides. Aqueles que torcem para que você se despedace nos confrontos vitais do cotidiano. O prazer deles estará em degustarem aquilo que sobrou e está em deterioração. Eles mesmos não conseguem se aventurar ou se arriscar em frentes diferentes. Ficam apenas aproveitando as correntes de ar quentes para se equilibrarem e observarem tudo de um ângulo que lhes permita o ataque fácil (nem nisso se esforçam).
Estão sempre a espreita torcendo pelo desastre alheio. Assim poderão se alimentar e sobreviver.
São na verdade os faxineiros da humanidade. Tem seu valor. Não podem ser dispensados.
A felicidade das póstumas vítimas desses animais é que eles estão condenados a viver sempre assim: do resto do que os outros já foram. Nunca terão brilho. Sempre estarão na sua indumentária preta sem graça.
Talvez eles sonhem em ser Pavões. Mas não vai dar. A natureza não ajudou esses pobres coitados.
Um Viva aos urubus: coitados, solitários, pretos, pescoço pelado e comendo aquilo que um dia já foi o que eles nunca serão.(este texto não possui a mínima relação com o Flamengo e seus torcedores: que fique bem claro!)