Lendo seu texto explicativo lembrei deste. Dedico a você amigo:
O sábio, que renunciou ao sentido e ao eu ama o real, aceita-o e contenta-se com ele. Libertado de si, curado do medo e da esperança, despreocupado com os signos e o sentido, só habita o tempo da paz — aqui, agora e sempre — da presença. Não aguarda nada mas é atento. Não busca nada, mas é disponível. Não espera nada, mas ama. Todos os sábios disseram, em todas as línguas: “infinite love, infinite patience”. Sabedoria, não de reconhecimento, mas de acolhida. O sábio tem o tempo (já que não aguarda nada) e todo o tempo (já que não há outro). Paciência, não da espera, mas da vida, não para o futuro, mas para o presente. Os ocupados se precipitam para o que lhes falta, ou aguardam (pacientemente, dizem eles!)que lhes caia dos céus. O sábio faz, tranqüilamente, o que tem a fazer. Não aguarda nada, e é por isso que não tem impaciência. Nada lhe falta, e é por isso que não se precipita. Lentidão do tempo, lentidão da presença... Todos os dias são hoje (é “o oitavo dia da semana, que não começa e não se esgota em nenhum tempo”), e essa presença é exatamente aquilo a que o sábio está presente. Ele ainda vive no tempo? Claro, mas na verdade do tempo. Presente ao presente da presença, ele é, aqui e agora, contemporâneo do eterno. (André Comte-Sponville)
20/01/2005
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