A todos aqueles que acham que o dia de hoje é dedicado
aquelas criaturas que não “souberam fazer outra coisa na vida” e por isso
tornaram-se professor, vai um aviso:
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Pessoal do Pio XII de Vila Velha |
A maioria de nós professores o é por convicção, por escolha
e vocação. Assumimos as dores e as belezas da profissão (todas têm as suas). Se
alguns colegas, por infelicidade, ou por uma questão pessoal qualquer, posaram de “coitados”, isso não se aplica a
classe. Somos uma categoria de RAÇA, encarando de frente a desvalorização social
que é o que mais dói. Não venham nos falar que é problema dos governantes, pois
estes são delegados pelo povo. E se o povo opta em votar em quem não nos
valoriza, não tentem se eximir dessa responsabilidade.
Não somos coitados, somos lutadores e sabemos olhar a vida
com olhos de profeta: Aqueles que “enxergam”
o futuro que virá, e trabalham para modificá-lo, caso algum sinal demonstre
algo não bom para a humanidade.
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Turma de heroínas do CEAB - Rio de Janeiro |
Não somos coitados: somos aqueles que tentam passar
informações para que os alunos as usem para criarem soluções interessantes para
os problemas que encontram.
Somos aqueles que tentam mostrar caminhos para os que não os
encontram e a melhor maneira de transitar por ele.
Somos aqueles que gastamos nosso tempo extra pensando nas
melhores soluções para melhorar a aprendizagem de quem está nas escolas.
Somos aqueles que bebemos litros de paciência para ouvir
pais, mesmo aqueles que se acham cheios da razão e acham que entendem de
educação mais do que qualquer outra criatura do planeta.
Não somos coitados: “coitadinhos”
são aqueles que insistem em freqüentar a escola buscando parque de diversão. Ou
aqueles que desejam “um precinho mais barato” para por o filho em escola
particular. São aqueles que insistem para que o professor use metodologias
retrógradas e que não enxergam que a Educação mudou e se modernizou.
Somos professores, com orgulho e sabemos aproveitar a vida
como ninguém. Trabalhamos muito, sim. Não somos milionários. Mas isso não nos faz pessoas dignas de "pena".
Não é o salário ( que
obviamente sempre pode ser melhor) que nos faz ser menos ou mais importantes.
Somos importantes porque somos uma categoria privilegiada que consegue ajudar
as pessoas a alcançarem o complexo mundo do conhecimento.
Portanto, parem de nos olhar como se fôssemos “coitadinhos”,
e veja se você não foi um daqueles que menosprezou tudo que tentamos ensinar:
isso sim fará de você um coitadinho.