Não saia de seu berço antes das 10h da manhã.
Não pisava em grama úmida.
Ração sem patê de fígado, caldo de feijão ou um pouco de café, nem pensar.
Só deitava em lugar muito limpo.
Não gostava que olhassem pra ela enquanto fazia cocô.
Dentro de casa não desgrudava um minuto da perto da gente.
Tinha uma cara antipática e botava medo em estranhos.
Amigos próximos afirmavam que ela "falava" (há testemunhas que afirmavam tê-la visto pedir água).
Tinha um olhar inquisidor na hora da comida.
Exigia carinho mas nunca foi capaz de dar uma lambida.
Mesmo com tudo isso, achávamos que era a cadela mais linda, carinhosa, engraçada e companheira que pudesse existir.
Como pode a gente amar uma criatura dessa por treze anos?
Ótimas lembranças, vazio e saudade foi o que ficou da eterna companheira do Zé.
11/05/2012
01/05/2012
Chique é ficar em casa.
Com o maior respeito a todas as opções de vida possíveis e existentes que todos fazem,
e cada um faz o que bem entende e não
deve satisfações a ninguém. Em era de narcisismo exibicionista, infiltrado no
aparente crescimento econômico e na hipotética melhora da qualidade de vida dos
brasileiros, está cada vez mais comum ver pessoas “se jogando” na farra de
viagens e gastança exarcebados.
Frequentador assíduo de aeroportos que sou, por causa do
trabalho, afirmo que o último desejo nos meus momentos de folga e lazer é
viajar¹. Acabo por concordar com Luiz Felipe Pondé, quando afirma que “o mundo virou um grande churrasco na lage.”. Assim também os aeroportos, os pontos turísticos
e toda sorte de lugares e “points” que a alardeada “nova classe C” ( não
conheço termo mais preconceituoso que esse e as classes B e A não são muito
diferentes, por mais que queiram ser) passou a freqüentar. Tudo vira confusão e
vitrine para exibição da falta de bons modos e da pouca educação. Nem me deterei no que penso a respeito de Shopping Centers.
Convictamente acho chique e elegante ficar na minha casa,
assistir um bom filme, ir a padaria e caminhar na orla próxima daqui. Respeito
os “animados” mas gosto de tranqüilidade. Por mais que eu viaje, não encontro
lugar mais tranqüilo e que me deixe mais centrado que ao lado daquilo e
daqueles que gosto. Isso é o que eu
entendo por qualidade de vida: Poder conversar
com amigos, meu vizinho, ou com o amigo
de boteco sobre rumos da política brasileira (descompromissadamente), as agruras do futebol ou outras amenidades que
servem apenas para interagir.
Podem dizer que estou ficando velho. Ou acomodado. Fato é
que gosto de paz: e isso não se acha, se constrói.
¹Excessão: só uma coisa me faz ignorar o desprazer de ir a
aeroportos que é visitar minha família, pelos quais tenho amor incondicional
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