Quem visita minha casa, em qualquer uma das que morei,
sempre verá em destaque na minha estante esta xícara entre os objetos que tenho
muito apreço.
Pertencia  a 
minha mãe
e certa vez ela me contou que a deu de presente 
para a mãe dela. Quando do falecimento de minha vó Maria Luísa, meu avô
Thomaz Baumgärtner a devolveu para que minha tivesse uma lembrança da mãe dela.
Tudo isso, antes mesmo  de eu nascer.
Quando minha mãe partiu, em 1993, uma das poucas coisas que
eu quis foi a XÍCARA.  Elegi com o símbolo
pelo qual sempre lembraria de  minha mãe.
É uma xícara que tem história, sentimento e marca relações de  afetividade. Para mim é sagrada. Ninguém
toca: só eu posso pegar para limpar. Sempre que faço uma mudança, ela vai em
embalagem especial.
Nem sei se meus irmãos lembram dela ( da xícara),  ou se conheciam sua história, ou se sabem que
estou com ela.  Fato é que está aqui.
Lembrando daquela mulher severa, carinhosa, silenciosa,  irônica, decidida e dedicada, moldada pelas
dificuldades de uma vida de colônia, criando sete filhos (tendo perdido dois,
como era comum naquela época). 
Frieda Erthal sempre será uma referência pra mim.
Feliz Dia das Mães.