29/07/2011

Mais uma tentativa de auto-conhecimento

Por um motivo qualquer, que não vem ao caso agora, me lembrei hoje  de um momento da minha vida escolar quando eu cursava o primário e o ginásio (atualmente denominados de Ensino Fundamental). Nunca tive bons resultados em algumas competições esportivas. Na escola tinha de tudo. Mas as lembranças mais fortes são aquelas competições de festa junina: corrida com ovo na colher, corrida de saco, subir pau-de-sebo e outras tantas. Nesse tipo de competição eu sempre era o looser da parada. Por um bom tempo isso me incomodou. Ver que os coleguinhas subiam até o alto do pau-de-sebo, ou que conseguissem as melhopres colocações em tantas outras competições, me deixava meio inquieto. Acho até que eu ficava meio triste mesmo.
A medida que fui crescendo, me interrogando o porquê disso, fui percebendo que , na verdade, não se tratava de ser um perdedor, mas sim de um descrente. Eu não conseguia achar interessante usar o máximo de esforço para chegar até o topo de um poste só pra ganhar um brinquedinho de plástico. Ou correr na frente de todo mundo só pra parecer o melhor. Achava isso uma babaquice.
Assim fui entendendo que o que me movia era acreditar ou gostar muito de alguma coisa. Foi assim que alcancei muitos dos objetivos que construí ao longo da vida, e que construí o próprio caminho de vida que sigo até hoje.
O curioso é que esses objetivos diferem bastante do comum desejados pela maioria.
Dificilmente minha realização etá associada á aquisição de bens materiais. Sou movido muito mais pela realização encontrada em relacionamentos ou pelo prazer encontrado quando em contato com coisas bonitas do mundo (arte e cultura).¹
Recordo de quando minha mãe, na melhor das intenções, pediu que eu observasse que alguns primos meus, lá pela casa dos 25 e 30 anos, já tinham casa própria e um carro ( normalmente um chevete ou um fusca).
Mas essa boa tentativa dela de me incentivar não funcionava. Eu não acreditava que isso seria motivo da minha felicidade.
Assim, busquei outros caminhos. que me trariam realização. Continuo não tendo casa própria, ou uma casa na praia de Navegantes, como muitos, lá na Guabiruba lutam  para ter. Minha realização está em outros caminhos. Não considero que sejam melhores ou que eu me realize mais do que meus colegas de infância ou meus primos. Apenas sou feliz e realizado de outra maneira. Só  isso.

Resumo da Ópera?
Amigo, quando você me vir sem muita vontade de fazer alguma coisa, não pense que é preguiça ou incompetência. É que apenas não acredito no que estou fazendo. Simples assim. Convença-me e então eu farei bem feito. Faça com que me apaixone, e então correrei atrás com toda motivação e força que tenho.


¹ Freud, seus seguidores, e outras correntes da Psicologia devem ter uma boa explicação pra isso.

Um comentário:

Léo disse...

Olá adorei teu blog so nao sei ainda como faço para ser um seguidor, enfim, considere com um seguidor..grande abraço tudo de bom!

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