06/02/2006

Como num mergulho para o desconhecido, ouve o som gelado do vento invisível. Seguindo o mergulho estão os pedaços de tudo o que desmorona. Não há mais pedra sobre pedra.
Só há o que está na frente. E está escuro. Noite, breu.
Os estilhaços das ruínas soam como uma ameaça. Nada será reconstruído. Tudo se desfaz.
Não há linha que oriente o trajeto. Não há luz que aponte o caminho. O túnel está escuro. Não se sabe onde está o fim.
Não há perguntas para responder. Não há dúvidas para sanar. Não há problemas para solucionar.
Tudo está imerso num imenso vazio. Sem perguntas e sem respostas.
Vazio.
Secura.
Choque.
Espanto? Um pouco.
Surpresa? Talvez.
Nada admira. Nada espera.
Paralisado tenta perceber algo novo. Só o velho permanece. E domina.
Não há espaço para o novo.
Nada acontece.

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