08/04/2010

Sobre o Caos: O festival da mídia e da política.

Quando acontece uma tragédia como essa que assola o Rio de Janeiro, é como se a sugeira atingisse a cara de um grande corpo. Sim, quando ela acontece em SC ou na zona leste de SP é como se fosse uma coceira na perna, um mal estar passageiro, mas quando acontece no Rio é como se fosse jogada na Cara do Brasil o montante de coisa errada ( pra não falar merda) feita por nossas administrações "humanitárias".
Acompanhar os noticiários on line, ou via satélite é o mesmo que assistir um bizarro espetáculo de horror:
- Os repórteres parecem salivar de tesão pois têm uma notícia cheia de audiência nas mãos. Qualquer chuvinha nova é motivo para entrada do plantão: "atenção!!! começou a chover novamente aqui!!!" Como não tem muito o que falar ficam instigando a procura de culpados para o caso e promovem um grande espetáculo de asneiras (algumas ditas por eles mesmos):
  • OPresidente da República (sabidamente de QI elevado) afirma que "contra intempéries não há o que fazer";
  • Os prefeitos aproveitam para dizer que precisam de verbas emergenciais para resolver o problema ( e todos culpam as administrações anteriores pelo fato);
  • Professores universitários afirmam que já haviam alarmado sobre o caso (dentro das suas redomas acadêmicas super engajados em causas sociais....sei!!);
  • Salivantes advogados oferecem ajuda gratuita para a população atingida (gratuita é? tô pagando pra ver?)
  • A população entrevistada quer saber quem vai devolver tudo o que perderam;
  • e por aí vai.
Fato é que culpado todo mundo é:
  • Burras gestões de prefeituras sempre preocupadas em fazer obras que dão voto e gastem pouco dinheiro para sobrar mais para eles ( no morro do Bumba em Níterói até estrqada asfaltada já tinha: ué ? não era uma área de risco? proibida para morar?) Permitem ocupações sabidamente ilegais alegando não ter estrutura para conter os avanços das ocupações dos morros;
  • Políticos de forma geral colaboram para isso tanto se omitindo como doando tijolinhos para construção dos barracos dos pobres coitados;
  • Catedráticos Universitários que não se dignam a dar um passo fora do seu roteiro casa - universidade arrotam um conhecimento que nunca foi usado para o bem social. Falam com uma impáfia nauseante sobre o poder do que conhecem;
  • E a prórpia população: não é por ser a vítima desse desastre todo que não deixa de ter sua culpa. São coniventes ao votar em políticos que nunca dão atenção suficiente aos casos graves e necessários da sociedade. Insistem em morar em regiões perigosas, mas como a fé em Deus é muito grande acham que nada vai acontecer. Mas não podemos esconder que de fato são a camada que verdadeiramente sofre com isso tudo.

Nesse circo todo foi interessante observar o desvio total de atenção da imprensa para Niterói (deixando a cidade do Rio em segundo plano, por causa da repurcassão internacional). Medo de perder as Olimpíadas? Será?

Sim, em tempo: cadê os royalties do petróleo que poderia ser usado para previnir ou sanar tudo isso?

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