Com o maior respeito a todas as opções de vida possíveis e existentes que todos fazem,
e cada um faz o que bem entende e não
deve satisfações a ninguém. Em era de narcisismo exibicionista, infiltrado no
aparente crescimento econômico e na hipotética melhora da qualidade de vida dos
brasileiros, está cada vez mais comum ver pessoas “se jogando” na farra de
viagens e gastança exarcebados.
Frequentador assíduo de aeroportos que sou, por causa do
trabalho, afirmo que o último desejo nos meus momentos de folga e lazer é
viajar¹. Acabo por concordar com Luiz Felipe Pondé, quando afirma que “o mundo virou um grande churrasco na lage.”. Assim também os aeroportos, os pontos turísticos
e toda sorte de lugares e “points” que a alardeada “nova classe C” ( não
conheço termo mais preconceituoso que esse e as classes B e A não são muito
diferentes, por mais que queiram ser) passou a freqüentar. Tudo vira confusão e
vitrine para exibição da falta de bons modos e da pouca educação. Nem me deterei no que penso a respeito de Shopping Centers.
Convictamente acho chique e elegante ficar na minha casa,
assistir um bom filme, ir a padaria e caminhar na orla próxima daqui. Respeito
os “animados” mas gosto de tranqüilidade. Por mais que eu viaje, não encontro
lugar mais tranqüilo e que me deixe mais centrado que ao lado daquilo e
daqueles que gosto. Isso é o que eu
entendo por qualidade de vida: Poder conversar
com amigos, meu vizinho, ou com o amigo
de boteco sobre rumos da política brasileira (descompromissadamente), as agruras do futebol ou outras amenidades que
servem apenas para interagir.
Podem dizer que estou ficando velho. Ou acomodado. Fato é
que gosto de paz: e isso não se acha, se constrói.
¹Excessão: só uma coisa me faz ignorar o desprazer de ir a
aeroportos que é visitar minha família, pelos quais tenho amor incondicional
Um comentário:
perfeito...leio e admiro...fantastico.
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